Em 11 de fevereiro de 2025, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) reconheceu a Indicação Geográfica (IG), na modalidade Indicação de Procedência (IP), para os vinhos de inverno produzidos no Sul de Minas Gerais. Essa certificação abrange dez municípios mineiros: São João da Mata, Cordislândia, São Gonçalo do Sapucaí, Três Corações, Três Pontas, Campos Gerais, Boa Esperança, Bom Sucesso, Ibituruna e Ijaci.
A produção desses vinhos destaca-se pelo método de "dupla poda", que inverte o ciclo da videira, permitindo a colheita durante o inverno, entre 1º de junho e 21 de setembro. Essa técnica, desenvolvida por pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), adapta-se ao clima da região, caracterizado por verões chuvosos e invernos secos, resultando em uvas de alta qualidade.
Com essa nova certificação, o Brasil totaliza 13 Indicações Geográficas para vinhos, sendo 11 Indicações de Procedência e 2 Denominações de Origem. As Denominações de Origem reconhecidas são Vale dos Vinhedos (RS) e Altos de Pinto Bandeira (RS).
O reconhecimento da IG para o Sul de Minas valoriza a produção local e protege legalmente os vinhos contra falsificações, reforçando a reputação e a tradição da região na vitivinicultura.
A área geográfica delimitada da Indicação de Procedência "Vinhos de Inverno Sul de Minas" abrange um território com altitude igual ou superior a 800 metros, formando uma área descontínua de 4.239,6 km².
A técnica da dupla poda, também conhecida como inversão do ciclo da videira, foi desenvolvida por pesquisadores da Epamig e mostrou-se eficiente no Sul de Minas para cultivares de Vitis vinifera tintas e brancas.
Com a nova IG Sul de Minas, o Brasil passa a ter 13 Indicações Geográficas para vinhos, sendo 11 Indicações de Procedência e 2 Denominações de Origem.
O reconhecimento da IG para os vinhos de inverno do Sul de Minas reforça a diversidade e a qualidade da produção vitivinícola brasileira, destacando a região como um importante polo produtor de vinhos finos no país.
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